O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu um período de cinco dias de férias para a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela teria acusado ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Silvio Almeida de assédio sexual.
A licença teve início nesta segunda-feira, 9, e se estenderá até sexta-feira, 13. O presidente publicou a decisão em uma edição extra do Diário Oficial da União.
Anielle Franco teria sido uma das vítimas de Silvio Almeida. Depois da demissão dele, a ministra divulgou uma nota em que agradece pelo apoio recebido e cobra investigação.
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“Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência”, escreveu Anielle. “Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi.”
Silvio Almeida negou as acusações. De acordo com o ex-ministro, ele acionou o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios para solicitar explicações da organização Me Too Brasil, sobre as denúncias de assédio sexual.
Lula demite Silvio Almeida
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República confirmou, na última sexta-feira, 6, a demissão de Almeida em comunicado oficial, que mencionou as “graves denúncias”. A nota enfatizou que “nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada” no governo.
Lula publicou a exoneração em edição extra do Diário Oficial da União. O presidente tomou a decisão depois de se reunir com Almeida no Palácio do Planalto. O petista chamou o ex-ministro logo depois de uma reunião com os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça), Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Cida Gonçalves (Mulheres), além do advogado-geral da União, Jorge Messias, e do controlador-geral da União, Vinícius Carvalho.