Sandro Mabel (União Brasil) foi eleito o novo prefeito de Goiânia neste domingo, 27. O nome apoiado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, recebeu mais de 333 mil votos válidos, o equivalente a 55%.
Goiânia protagonizou um racha na direita com Mabel e Fred Rodrigues (PL) no segundo turno. O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a acompanhar as votações na capital goiana neste domingo, junto a outros integrantes do partido, como o deputado federal Gustavo Gayer.
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Ao todo, Fred Rodrigues conseguiu 267 mil votos válidos, ficando com 44% do eleitorado de Goiânia. Mais cedo, Bolsonaro e Gayer reforçaram a tese de que a operação da Polícia Federal (PF) contra o parlamentar na sexta-feira 26, prejudicou o pleito.
Quem é Sandro Mabel, novo prefeito de Goiânia
Aos 65 anos, Sandro Mabel acumula uma trajetória marcada pela diversificação e liderança em diversos setores. Formado em Administração de Empresas, ele assumiu, aos 23 anos, a presidência da Mabel, uma das principais marcas de biscoitos do Brasil. Sob seu comando, a empresa se consolidou como referência no mercado alimentício.
Além de empresário no setor de alimentos, Mabel expandiu sua atuação para outras áreas, tornando-se também pecuarista, carcinicultor e investidor no mercado imobiliário. Sua versatilidade no mundo dos negócios o levou a se destacar em diferentes frentes.
Na política, Sandro Mabel foi deputado estadual e, posteriormente, atuou como deputado federal. Em 2019, Mabel assumiu a presidência da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) e, em 2020, presidiu o Conselho de Mineração da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A operação contra Gayer
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a operação da Polícia Federal (PF) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) baseado na suposta coleta de “elementos informativos do desvio de recursos públicos para a prática dos atos antidemocráticos”.
Apesar da justificativa do suposto uso de dinheiro público, o parlamentar só assumiu seu mandato em 1º de fevereiro de 2023, pouco menos de um mês depois dos atos de 8 de janeiro. Anteriormente, Gayer nunca exerceu um cargo público.
A investigação contra Gayer surgiu depois prisão preventiva contra João Paulo de Sousa Cavalcante, dono da empresa Goiás Online, e que seria amigo do parlamentar. Ele foi alvo de busca e apreensão, além de quebra de sigilo telemático, por suposto envolvimento nas manifestações de 8 de janeiro de 2023.
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De acordo com documento da apuração da PF, o deputado é “apontado nas investigações como peça central da associação criminosa investigada e autor intelectual dos possíveis crimes acima descritos, responsável por direcionar as verbas parlamentares para atividades de particulares, as quais tinham o intuito de movimentar atos antidemocráticos”.
Na decisão, Alexandre de Moraes cita o suposto papel do deputado como mentor das ações investigadas, com a função de direcionar verbas parlamentares para práticas privadas ligadas aos atos de caráter antidemocrático.
Gayer teria, segundo o documento, autorizado a participação de membros do grupo em atividades suspeitas. Além do parlamentar, outras 17 pessoas estão sendo investigadas por desvio de verba pública, peculato, falsificação de documentos e associação criminosa.