Mancha escura no mar da Barra rende multa de mais de R$ 5 milhões à concessionária

A secretária de Meio Ambiente e Clima do Rio, Tainá de Paula (PT), anunciou em suas redes sociais que a Iguá — concessionária de tratamento de esgoto, apontada como responsável pela mancha escura que tingiu parte do mar da Barra da Tijuca nos últimos dias — foi multada em mais de R$ 5 milhões pela prefeitura nesta semana.

Segundo a secretária, a empresa também é a responsável pela seca dos lagos da região do Bosque da Barra. E que, além dos R$ 5 milhões aplicados nesta semana, a Iguá seguirá sendo autuada, “até que Bosque da Barra e todo o seu complexo de lagoas esteja recuperado”.

“A gente segue à disposição, a gente segue aberto ao diálogo, mas não podemos admitir que crimes ambientais ocorram na cidade”, disse a secretária.

A mancha

A mancha escura no mar da orla da Barra da Tijuca surgiu ainda na última quarta-feira (14), no Canal da Joatinga, na altura do Quebra-Mar. Embora a patrulha ambiental da prefeitura esteja acompanhando o caso, o órgão responsável pela fiscalização é o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Segundo o instituto, o fenômeno é provocado pela variação da maré que, geralmente, não prejudica a qualidade da água do mar nem traz riscos à saúde de banhistas. Com a vazante que trouxe matéria orgânica presente nas águas lagunares, e pela diferença de temperatura dessas águas com a do mar, a tonalidade da cor da água mudou.

A Iguá também diz que a mancha observada no mar é um fenômeno natural que não tem relação com a operação da rede coletora de esgoto da concessionária. Segundo a empresa, a mancha está relacionada a combinação de fatores meteorológicos, como a ocorrência de ressaca e a maré de sizígia. Ainda de acordo com a concessionária, existe um projeto em andamento de dragagem do Complexo Lagunar para revitalização as lagoas.

De acordo com o Inea, o monitoramento qualidade continua sendo executado na área, pelo menos semanalmente, e orienta aos banhistas que evitem o banho em trechos próximos à saída de galerias de águas pluviais, de rios e canais, nas primeiras horas após ocorrência de chuvas.





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