Marinho denuncia chefe da PF por suposta proteção a sindicato ligado a irmão de Lula

O senador Rogério Marinho (PL-RN) formalizou uma denúncia junto à Comissão de Ética da Presidência da República contra o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Segundo o parlamentar, o dirigente da PF teria agido de forma parcial ao excluir o Sindnapi — sindicato onde atua Frei Chico, irmão de Luiz Inácio Lula da Silva — das apurações relacionadas a desvios no INSS.

“O diretor da PF rompeu o dever de isenção e ética ao blindar, publicamente, o sindicato do irmão de Lula, mesmo diante de relatórios da própria corporação. É aparelhamento puro e afronta à verdade. Por isso, acionamos a Comissão de Ética para apurar essa conduta política disfarçada de autoridade policial”, escreveu Marinho nas redes sociais nesta terça-feira, 20.

Na queixa apresentada, o senador menciona declarações feitas por Rodrigues em uma entrevista concedida em abril. Na ocasião, o diretor afirmou que o Sindnapi e Frei Chico não eram alvos de buscas ou medidas cautelares, ao contrário de outras organizações investigadas.

Apesar disso, Marinho cita uma decisão judicial que confirma a inclusão do Sindnapi nas investigações em andamento, o que teria levado à suspensão de um Acordo de Cooperação Técnica e dos descontos automáticos em aposentadorias.

“Contudo, o SINDNAPI, segundo decisão judicial a seguir transcrita, vem sendo alvo da investigação e teve inclusive o Acordo de Cooperação Técnica suspenso por decisão judicial e suspensão dos descontos de mensalidades associativas por indício de crime”, afirma o texto da representação.

Ainda segundo o documento, a entrevista concedida por Rodrigues teria “ofendido os deveres e a clareza de posições de um Diretor-Geral de Polícia numa investigação criminal ainda em curso, com o interesse político de exculpar o irmão do Presidente da República e o sindicato do qual é integrante da direção”.

Marinho sustenta que houve quebra de conduta ética, alegando que o diretor da PF divulgou informações sensíveis de forma “contraditória” em relação ao que consta nos próprios relatórios da corporação.

“Pelo exposto, venho representar a Vossa Excelência para apuração da violação expressa aos deveres éticos dispostos no art. 3º do Código de Conduta da Alta Administração Federal, inclusive com o potencial cometimento de conflito de interesses por parte do Diretor Andrei Rodrigues”, diz a denúncia.

O Sindnapi é apontado pela investigação como a terceira instituição que mais lucrou com os descontos considerados ilegais em aposentadorias entre 2019 e 2024, somando R$ 259 milhões. De acordo com a PF, o sindicato não apresentou documentos que comprovem a autorização dos beneficiários para os descontos.

Apesar disso, a entidade não foi incluída entre as doze organizações que tiveram bens bloqueados por decisão da Advocacia-Geral da União (AGU). O ministro Jorge Messias, chefe da AGU, justificou que o Sindnapi não se enquadra no perfil das entidades criadas exclusivamente para viabilizar as fraudes.

Em nota, o sindicato negou estar sob investigação da PF e da Controladoria-Geral da União. A entidade também afirmou que o aumento em sua arrecadação se deve aos serviços oferecidos aos associados, como seguro de vida e atendimento médico, e garantiu já ter encaminhado toda a documentação solicitada pelas autoridades. E mais: OAB-SP questiona atuação da Crefisa na gestão de benefícios do INSS. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Senado; Fonte: Veja)

 

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O senador Rogério Marinho (PL-RN) formalizou uma denúncia junto à Comissão de Ética da Presidência da República contra o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Segundo o parlamentar, o dirigente da PF teria agido de forma parcial ao excluir o Sindnapi — sindicato onde atua Frei Chico, irmão de Luiz Inácio Lula da Silva — das apurações relacionadas a desvios no INSS.

“O diretor da PF rompeu o dever de isenção e ética ao blindar, publicamente, o sindicato do irmão de Lula, mesmo diante de relatórios da própria corporação. É aparelhamento puro e afronta à verdade. Por isso, acionamos a Comissão de Ética para apurar essa conduta política disfarçada de autoridade policial”, escreveu Marinho nas redes sociais nesta terça-feira, 20.

Na queixa apresentada, o senador menciona declarações feitas por Rodrigues em uma entrevista concedida em abril. Na ocasião, o diretor afirmou que o Sindnapi e Frei Chico não eram alvos de buscas ou medidas cautelares, ao contrário de outras organizações investigadas.

Apesar disso, Marinho cita uma decisão judicial que confirma a inclusão do Sindnapi nas investigações em andamento, o que teria levado à suspensão de um Acordo de Cooperação Técnica e dos descontos automáticos em aposentadorias.

“Contudo, o SINDNAPI, segundo decisão judicial a seguir transcrita, vem sendo alvo da investigação e teve inclusive o Acordo de Cooperação Técnica suspenso por decisão judicial e suspensão dos descontos de mensalidades associativas por indício de crime”, afirma o texto da representação.

Ainda segundo o documento, a entrevista concedida por Rodrigues teria “ofendido os deveres e a clareza de posições de um Diretor-Geral de Polícia numa investigação criminal ainda em curso, com o interesse político de exculpar o irmão do Presidente da República e o sindicato do qual é integrante da direção”.

Marinho sustenta que houve quebra de conduta ética, alegando que o diretor da PF divulgou informações sensíveis de forma “contraditória” em relação ao que consta nos próprios relatórios da corporação.

“Pelo exposto, venho representar a Vossa Excelência para apuração da violação expressa aos deveres éticos dispostos no art. 3º do Código de Conduta da Alta Administração Federal, inclusive com o potencial cometimento de conflito de interesses por parte do Diretor Andrei Rodrigues”, diz a denúncia.

O Sindnapi é apontado pela investigação como a terceira instituição que mais lucrou com os descontos considerados ilegais em aposentadorias entre 2019 e 2024, somando R$ 259 milhões. De acordo com a PF, o sindicato não apresentou documentos que comprovem a autorização dos beneficiários para os descontos.

Apesar disso, a entidade não foi incluída entre as doze organizações que tiveram bens bloqueados por decisão da Advocacia-Geral da União (AGU). O ministro Jorge Messias, chefe da AGU, justificou que o Sindnapi não se enquadra no perfil das entidades criadas exclusivamente para viabilizar as fraudes.

Em nota, o sindicato negou estar sob investigação da PF e da Controladoria-Geral da União. A entidade também afirmou que o aumento em sua arrecadação se deve aos serviços oferecidos aos associados, como seguro de vida e atendimento médico, e garantiu já ter encaminhado toda a documentação solicitada pelas autoridades. E mais: OAB-SP questiona atuação da Crefisa na gestão de benefícios do INSS. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Senado; Fonte: Veja)

 

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