Milei tem apoio para veto à reforma previdenciária na Argentina

O governo do presidente da Argentina, Javier Milei, conquistou uma vitória crucial nesta quarta-feira, 11, ao assegurar apoio suficiente na Câmara dos Deputados para manter seu veto à reforma previdenciária. A votação ocorreu em meio a manifestações em frente ao Congresso.

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Graças a negociações de última hora com membros da oposição favoráveis ao diálogo, Milei evitou que dois terços dos deputados votassem pela anulação de seu veto a uma lei que alterava aposentadorias e pensões.

Votação sobre reforma previdenciária na Argentina

Os 153 votos a favor não foram suficientes para derrubar o veto presidencial. Dos 248 deputados presentes na sessão, 87 votaram contra a reversão da decisão de Milei, anunciada semanas antes e oficializada em 2 de agosto.

Essa é, portanto, uma clara vitória política para o presidente, cujo partido, A Liberdade Avança, conta com apenas 37 deputados.

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Milei evitou que dois terços dos deputados votassem pela anulação de seu veto a uma lei que alterava aposentadorias e pensõesMilei evitou que dois terços dos deputados votassem pela anulação de seu veto a uma lei que alterava aposentadorias e pensões
No Congresso Nacional da Argentina, o partido A Liberdade Avança, de Milei, conta com apenas 37 deputados | Foto: Divulgação/Mídias digitais

Detalhes do projeto de lei vetado

O projeto de lei vetado previa uma atualização mensal dos benefícios baseada na inflação e na variação média dos salários formais. Além disso, pedia um ajuste extraordinário de 8,1%, o que, segundo o governo, representava uma “despesa exorbitante” e ameaçava o equilíbrio fiscal.

Do lado de fora do Congresso, manifestantes se reuniram para pressionar os deputados a reverter o veto presidencial.

Manifestações e resposta policial

O protesto foi organizado por grupos sociais de esquerda, oposição e aposentados, que marcaram mais uma quarta-feira com manifestações. Houve várias semanas consecutivas de protestos em frente ao Parlamento no centro de Buenos Aires.

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Depois da confirmação do veto, alguns manifestantes derrubaram barreiras ao redor do Palácio Legislativo. Também desafiaram a operação de segurança implementada pelo governo, que cobria vários quarteirões ao redor do local.

A polícia, contudo, utilizou balas de borracha, gás lacrimogêneo e jatos d’água para dispersar os manifestantes.



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