Militantes de partidos de direita foram agredidos e expulsos do campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, na última quinta-feira (15). O grupo, vinculado ao movimento União Direita Nacional e composto por integrantes do PL e do partido Novo, distribuía panfletos com a frase “Na UFF a direita se cria sim” quando foi confrontado por outros frequentadores do campus.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os militantes são cercados, agredidos e forçados a deixar o local. Em nota, o grupo afirmou que não houve qualquer abertura para o diálogo: “Não houve debate, não houve diálogo — apenas ódio, agressividade e expulsão”. Os manifestantes também negaram ter cometido agressões durante o ato.
Por outro lado, o Conselho Universitário da UFF apresentou uma moção de repúdio, alegando que os grupos de direita e extrema-direita atuaram para deslegitimar a universidade: “Não permitiremos que a UFF se torne palco de discursos antidemocráticos, que clamam explicitamente pela privatização de nossa instituição”.
Em posicionamento oficial, a UFF condenou todos os tipos de violência, mas criticou a ação dos militantes, classificando-a como tentativa de provocar e politizar o espaço universitário: “Esses grupos buscam acirrar conflitos, promover a violência e instrumentalizar espaços acadêmicos com objetivos antidemocráticos”. A universidade ainda afirmou que os episódios não são isolados e vêm sendo registrados também em instituições como USP, Unicamp e UnB.
“A UFF não endossa, sob nenhuma circunstância, práticas ou discursos que incentivem a violência física, o racismo, a homofobia, as violências de gênero ou qualquer forma de discriminação”, destacou a instituição.
A administração orientou estudantes a acionarem a segurança universitária em casos de ameaça e, em situações de agressão física, a registrarem ocorrência em delegacia. Também informou que as rondas de vigilância nos campi serão intensificadas.
As informações são da Folha de São Paulo.