O ministro da Casa Civil, Rui Costa, atribuiu o avanço do Produto Interno Bruno (PIB) em 2024 aos investimentos do governo federal e às políticas públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e não ao agronegócio.
“Para quem dizia que o Brasil iria crescer 1% no ano que vem, as agências do mercado foram forçadas a publicar que o Brasil pode crescer 3,5% neste ano”, disse o ministro. “Não mais puxado pelo agronegócio, que, em função das chuvas e das secas, decresceu; quem puxou o crescimento neste ano foi o investimento.”
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Costa discursou durante a abertura do seminário “A realidade brasileira e desafios do PT”, organizado pelo Partido dos Trabalhadores e pela Fundação Perseu Abramo, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília, nesta quinta-feira, 5.
O PIB do Brasil registrou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024, em relação ao trimestre anterior. Esse desempenho ficou abaixo do registrado no segundo trimestre, quando a economia brasileira avançou 1,4%, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, atribuiu o avanço do Produto Interno Bruno em 2024 aos investimentos do governo federal e às políticas públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — e não ao agronegócio. pic.twitter.com/uLFqpNGsPw
— Revista Oeste (@revistaoeste) December 6, 2024
De acordo com o órgão, o crescimento do PIB foi impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria, com destaque para a contribuição das pequenas empresas. Os serviços cresceram 4,1%, enquanto a indústria registrou alta de 3,6%.
Em contrapartida, o setor de construção sofreu a maior queda, com uma queda de 1,7%. Entre as áreas que mais se destacaram, informação e comunicação apresentou um avanço de 2,1%, seguida pelas demais atividades de serviços, que cresceram 1,7%.
IBGE registra queda no PIB do agronegócio
O PIB da agropecuária diminuiu 0,8% no terceiro trimestre de 2024, em relação ao mesmo intervalo do ano anterior, segundo projeção do IBGE. De acordo com os dados do instituto, houve a redução de volume e produtividade de algumas das principais safras cultivadas no país, como cana-de-açúcar (-1,2%), milho (-11,9%) e laranja (-14,9%).
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“Esses recuos suplantaram o bom desempenho de culturas como algodão (14,5%), trigo (5,3%) e café (0,3%), que também possuem safras relevantes no período”, informou o órgão. Além disso, o IBGE afirma que a queda do PIB da agropecuária também ocorreu na comparação do terceiro trimestre com o imediatamente anterior. Nesse caso, a redução ficou em 0,9%.
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O setor é responsável pela oferta de produtos primários, como grãos, frutas e animais, entre outros. Essa cadeia de atividades representa cerca de 7% da economia do país. Contudo, o setor também fornece matéria-prima para as indústria de transformação. Assim, o impacto sobre a riqueza do país chega a cerca de 25%, além das exportações.