É impossível dormir na Rua Benjamin Constant, no bairro da Glória, na Zona Sul do Rio de Janeiro. É início da madrugada desta terça-feira (17), e a arruaça corre solta no local, promovida por um depósito de bebidas, que fica no numero 116, mas parece ocupar toda as extensão da rua dado o barulho que faz. O depósito, segundo os moradores, virou uma casa de festas, sem nenhum pudor em desrespeitar a legislação vigente.
Um vídeo postado na internet mostra mesas e cadeiras montadas na calçada e na pista, com várias pessoas bebendo e cantando acompanhadas por um som altíssimo, que simplesmente não deixa ninguém sossegado.
Moradores da rua entraram em contato com a redação do DIÁRIO DO RIO desesperados, pois não conseguem pregar os olhos dada a balbúrdia que tomou conta do local. E não é de hoje, Faz tempo que as pessoas fazem reclamações à Subprefeitura sobre o escarcéu causado pelos frequentadores do depósito de bebidas.
No local, também são montadas rodas de samba que invadem a calçada, impedindo a passagem de pedestres, inclusive idosos e carrinhos com crianças. Parece um verdadeiro Carnaval fora de época, mas é apenas um esquenta que tem hora para começar, mas nunca para terminar.
Com a bebedeira correndo solta palavrões de todos os tipos e brigas também são corriqueiros, segundo os moradores. Muitos chegam cansados do trabalho e só querem dormir, mas em plena transição de segunda para um terça-feira, portanto, dias úteis, é uma missão impossível.
Muitas reclamações foram feitas não somente à Subprefeitura da região, mas também à Polícia Militar que faz ouvidos moucos para a algazarra já instalada na Benjamin Constant. A arruaça já é tão conhecida, que pessoas de outras ruas da Glória e de outros bairros vão beber, cantar e gritar no local.
Como se não bastasse o inferno sonoro e toda sorte de transtornos impostos aos moradores da rua, há frequentadores do depósito de bebidas que não têm o menor pudor em fazer as suas necessidades fisiológicas na rua, entre os carros e nas paredes. Enfim, um horror que deixa o ambiente fétido e intransitável.
Apesar de toda desordem pública, desrespeito e inúmeras reclamações à vários órgãos públicos, trabalhadores, estudantes, pessoas idosas e doentes, simplesmente se veem abandonados, completamente desprotegidos e sem ter a quem recorrer.