O jornalista Allan dos Santos foi alvo, novamente, de medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta sexta-feira, 4, o magistrado impôs uma multa de R$ 15 mil.
Ao justificar a decisão, o juiz afirmou que o comunicador violou medidas cautelares, como não usar plataformas de redes sociais. Dos Estados Unidos, onde mora e trabalha desde julho de 2020, Santos criou novos perfis no X.
“As condutas do investigado, que insiste em desrespeitar as medidas cautelares impostas nestes autos, revelam seu completo desprezo pelo Poder Judiciário”, afirmou Moraes, em trecho de sua decisão. “Comportamento verificado em inúmeras ocasiões durante o trâmite deste procedimento e que justificaram a fixação de multa diária para assegurar o devido cumprimento das decisões desta Corte.”
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Até hoje, o então perfil principal de Santos no X — @allanldsantos— está com acesso bloqueado no Brasil, por determinação de Moraes.
Dos EUA, no entanto, ele começou a criar outras contas, que também passaram a ser alvo do STF. Atualmente, o jornalista usa o @allanconta5, no qual segue a tecer críticas a Moraes e a outras autoridades brasileiras.
Pela rede social, aliás, ele ironizou a mais recente decisão do ministro. “Pede para o Mickey”, afirmou Santos. “Do meu dinheiro, você não terá um centavo, Moraes.”
Moraes mandou prender Allan dos Santos
Essa não é a primeira decisão de Moraes contra Allan dos Santos. Em agostou de 2021, o magistrado acatou o pedido da Polícia Federal (PF) e mandou prender o jornalista, que já vivia em solo norte-americano.
Em 2021, a PF afirmou que Santos era suspeito de crimes como organização criminosa, crimes contra honra e incitação a crimes, preconceito e lavagem de dinheiro. Ele nega as acusações.
Moraes tem falhado em ganhar apoio na cruzada contra o jornalista no cenário internacional. Há duas semanas, por exemplo, tanto a Interpol quanto o Departamento de Estado dos EUA negaram o pedido do ministro do STF e, assim, não incluíram Santos em alertas de foragidos. Anteriormente, o governo norte-americano já havia negado pedido de extradição do comunicador.
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