Moro desmente Lula sobre prisão: ‘Mais uma fake news’

O senador Sergio Moro (União-PR) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou mais uma notícia falsa sobre os processos a que respondeu por corrupção, antes de ser livrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Mais uma fake news do Lula; ele nunca foi submetido à prisão preventiva. Foi preso somente após julgamento pelo TRF4. Cadê a checagem de fato pela imprensa!?”, afirmou Moro em uma postagem no Twitter/X, ao compartilhar publicação de sua mulher, a deputada federal Rosangela Moro (União-SP).

Rosangela também afirmou que Lula mentiu quando disse “que lhe foi negada a presunção de inocência”. “Vamos lá: 1. NUNCA foi preso preventivamente; 2. Foi CONDENADO em 3 instâncias, por 9 magistrados; 3. Apresentou CENTENAS de recursos; 4. Foi DESCONDENADO em uma reviravolta política, sem ser inocentado.”

Moro foi o juiz titular da Operação Lava Jato, que investigou o maior esquema de corrupção do país a partir de 2014. Porém, tudo acabou praticamente desfeito a partir de 2019 por decisões sucessivas do STF tomadas desde 2019, quando a Corte anulou as condenações do petista.

O que Lula disse sobre sua prisão por corrupção que motivou declaração de Moro

O desmentido de Moro veio depois da entrevista concedida ao Fantástico, no domingo 15, depois de receber alta do Hospital Sírio-Libanês.

Ao comentar a prisão do general Walter Braga Netto, por envolvimento em suposta tentativa de golpe, o petista voltou a dizer que não teve garantido o direito de defesa durante os processos da Lava Jato. “Eu defendo que eles tenham a presunção de inocência que eu não tive.”

Lula, durante entrevista coletiva depois de cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo – 15/12/2024 | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Lula foi preso em 2018 por corrupção no caso da cobertura do Guarujá, paga com dinheiro de propina. Ele foi condenado por Moro e por três desembargadores federal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, a segunda instância da Justiça Federal no Paraná.

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Naquela ocasião, valia o entendimento de que os criminosos podiam ser presos depois da condenação em segunda instância. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também analisou a condenação de Lula pelo caso do triplex e manteve a sentença, apenas reduzindo parcialmente a pena.

Posteriormente, em 2019, o STF recuou desse entendimento — permitindo a prisão apenas depois do trânsito em julgado do processo —, e Lula foi solto. Além disso, em 2021, o petista conseguiu anular suas condenações, porque a Corte entendeu que o foro para julgá-lo era Brasília, e não Curitiba.





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