‘Não tenho de ser amigo’

Em entrevista à revista britânica The Economist, o presidente da Argentina, Javier Milei, comentou a relação com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Ao ser interpelado sobre as dificuldades em manter uma relação saudável com o governo brasileiro, o argentino foi enfático ao dizer que “não pretende ser amigo de Lula”.

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Para Milei, as relações entre os dois países devem ser puramente diplomáticas, e não pessoais. Ele ressaltou o fato de a Argentina depender do Brasil para comercializar alguns produtos, e, por esse motivo, deve ser racional em momentos de negociações.

Presidente da Argentina, Javier Milei, e presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na Cúpula do G20, no Rio de JaneiroPresidente da Argentina, Javier Milei, e presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na Cúpula do G20, no Rio de Janeiro
Presidente da Argentina, Javier Milei, e presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na Cúpula do G20, no Rio de Janeiro | Foto: Ricardo Stuckert/PR

“Tenho de conseguir que a Argentina e o Brasil comercializem”, afirmou Milei. “É ótimo vender gás para o Brasil. Quer dizer, não vou ser amigo de Lula, mas tenho uma responsabilidade institucional. Estou encarregado de defender os interesses da Argentina.”

Milei e Lula se encontraram no G20

O argentino lembrou que esteve com Lula na cúpula do G20, que ocorreu neste mês, no Rio de Janeiro. Um fato que chamou a atenção foi o momento em que os dois presidentes se encontraram e se cumprimentaram.

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Na ocasião, ambos trocaram cumprimentos frios, sem abraços nem sorrisos. Internautas compartilharam nas redes sociais um vídeo que mostra o momento do encontro, cuja legenda dizia: “É melhor manter os esquerdistas e os comunistas longe”.

Presidente argentino compartilhou a publicação

Milei chegou a compartilhar a publicação em sua conta oficial do Twitter/X. Ainda ao The Economist, ele falou sobre o acordo feito entre seu ministro da Economia, Luiz Caputo, e seu homólogo Fernando Haddad.  

O acordo prevê uma compra de 2 milhões de metros cúbicos por dia de gás argentino pelo Brasil. Espera-se que essa quantidade aumente para 10 milhões de m³/dia dentro de três anos e alcance 30 milhões de m³/dias até 2030.

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