‘Não tenho nada a temer, pois não faço nada de errado’

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) negou, nesta quinta-feira, 19, que haja qualquer irregularidade no uso da sua cota parlamentar. Assessores do segundo vice-presidente da Câmara e do seu colega de Casa, Carlos Jordy (PL-RJ), foram alvos de busca e apreensão durante operação da Polícia Federal (PF). 

Sóstenes disse que soube “primeiro” sobre a operação, autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de “notícias da imprensa, do que pelos autos do processo que corre em sigilo”. O parlamentar destacou que sua equipe jurídica não teve acesso à investigação.

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“Como sempre, no Brasil, a gente sabe dessas notícias primeiro pela imprensa do que pelos autos”, declarou o deputado, em coletiva de imprensa. “Acho que isso não é bom para o Estado Democrático de Direito. Quero deixar claro e dizer que o que sei pela imprensa é de um suposto contrato de prestação de serviço de um carro alugado no meu gabinete, que é um Corolla que eu alugo na mesma empresa desde 2016.”

O segundo vice-presidente esclareceu que o contrato de aluguel do veículo tem um custo de R$ 4,5 mil. “Eu desafio qualquer um dos senhores e senhoras a contratar um carro Corolla por um mês aqui em Brasília por este preço”, afirmou.

“Eu tenho conversado com outros colegas que alugam por um valor até superior e isso prova que eu sempre tive todo cuidado possível com a cota parlamentar. Eu não tenho nada a temer, não faço nada de errado com cota parlamentar e nem com nenhum ilícito no meu mandato”, destacou Sóstenes.

Sóstenes diz ser “muito estranho” o momento da operação

O parlamentar também disse à imprensa que acha “muito estranho” que a operação da Polícia Federal contra seus assessores tenha ocorrido em um momento em que “todos já sabem que eu tenho as assinaturas suficientes para ser o líder do maior partido da Câmara dos Deputados, do PL, meu partido, a partir do dia 1º de fevereiro”.

“Espero e quero acreditar que esse tipo de investigação não seja nenhum tipo de perseguição política, porque se for, só tenho a lamentar”, declarou. “Nunca tive nenhum tipo de processo de investigação e este processo está sobre os meus assessores, que até o presente momento têm uma convicção da lisura, da transparência do trabalho deles.”

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Logo depois da fala, Sóstenes Cavalcante voltou a destacar que não definiu a investigação como uma “perseguição ou nada disso”. O segundo vice-presidente disse que “nunca” teve nenhum problema judicial e citou, mais uma vez, o período em que a operação ocorreu. 

“Justamente no momento em que a gente vai assumir a liderança da maior parte da Câmara isso acontece, eu espero que não seja isso [perseguição]. Eu quero continuar acreditando que esse país é um país sério, que não existe esse tipo de perseguição política por espaços de poder que você venha a ocupar. Mas eu não posso afirmar nem dizer que há perseguição do STF ou de fogo amigo de colega, jamais”, finalizou.



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