A oposição reagiu negativamente à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder asilo político à ex-primeira-dama do Peru, condenada a 15 anos de prisão por corrupção, Nadine Heredia.
Nadine chegou ao Brasil acompanhada de Samin Mallko Ollanta Humala Heredia, o filho mais novo dela com o ex-presidente do Peru Ollanta Humala. Ela desembarcou na Base Aérea de Brasília às 11h40 de quarta-feira 16.
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Parlamentares da oposição destacaram que “o Brasil não pode ser refúgio de corruptos”. Nadine veio para Brasília a bordo de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), horas depois da sua condenação por lavagem de dinheiro, em um esquema envolvendo repasses ilícitos da empreiteira Odebrecht para campanhas eleitorais.
Oposição critica chegada de ex-primeira-dama do Peru
Para o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), vice-líder da bancada, Lula “transforma o Brasil em abrigo de corruptos internacionais ao conceder asilo a condenados”.
“Ele envia ao mundo o recado de que a impunidade tem endereço certo — e é no Palácio do Planalto , afirmou Valadares. “É o mesmo governo que quer extraditar patriotas que estão no exílio por crimes que não cometeram.”
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O primeiro vice-líder da oposição na Câmara, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), analisou que a concessão do asilo político é “passar recibo de conivência com o crime” e abre um debate sobre a atuação internacional do Brasil.
“O Brasil não pode se transformar em refúgio de corruptos”, comentou Sanderson. “É um péssimo recado ao mundo. Não iremos tolerar isso.”
Pelas redes sociais, o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Filipe Barros (PL-PR), afirmou que o episódio mostra que o “PT segue com seu plano de sedimentar o Brasil como um nanico moral na política internacional”.
“O ex-presidente peruano saiu preso do tribunal, mas a sua esposa, que não estava presente na hora, refugiou-se na embaixada brasileira e agora recebeu asilo político no Brasil”, relatou Barros. “Lula chegou até a enviar um avião da FAB para ir buscá-la no Peru.”
Filipe Barros destacou que Nadine Heredia e Ollanta Humala “foram condenados por receber US$ 3 milhões ilicitamente da Odebrecht, além de outros crimes, alguns que envolvem até a ditadura da Venezuela”.
