O candidato derrotado do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, disse que só apoiará Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno se houver um pedido de perdão do prefeito, do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nunes, com 29,48% dos votos válidos, e Guilherme Boulos (PSOL), que obteve 29,07%, disputarão o segundo turno na capital paulista. Marçal teve 28,14%. A votação para decidir quem comandará a Prefeitura a partir de janeiro de 2025 ocorrerá no dia 27 de outubro.
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Durante entrevista coletiva nesta terça-feira, 8, Marçal afirmou que “só por um milagre” apoiaria Nunes depois de o emedebista ter rejeitado, na segunda-feira 7, a participação do empresário em sua campanha: “No meu palanque, não”, disse o candidato à reeleição.
Marçal acredita que o apoio não será possível em razão da “arrogância” do prefeito. “Não vou apoiar Ricardo Nunes pela arrogância deles. Tenho convicção de que eles não têm humildade para pedir perdão”.
Boulos tem mais chances, diz Marçal
Marçal garantiu que não apoiará Boulos. Contudo, vê o esquerdista com mais chances. “Ele [Boulos] sabe sinalizar com o povo, e o Ricardo [Nunes] não sabe”.
O empresário disse que Tarcísio falou por 25 minutos nesta terça com um “braço-direito na política” dele. O governador teria dito que eles precisam se unir, e Marçal teria negado a proposta.
O candidato do PRTB se mostrou irritado com o governador. “Você [Tarcísio] precisa ser homem para retratar tudo que você falou. Você falou que eu deveria ser preso, você tem que me respeitar, que eu sempre te respeitei”.
Nesta segunda-feira, 7, em seu primeiro evento público depois do primeiro turno, Nunes afirmou que não irá procurar Marçal. “Não vou procurá-lo. Se for procurado, vou dizer a ele que espero que tenha aprendido com os erros e possa fazer uma reflexão”.
Marina Helena (Novo), candidata derrotada no primeiro turno dessas eleições, também estava no palco e declarou apoio à campanha de reeleição de Nunes.