Polícia Federal faz operação contra compra de votos em Alagoas

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 8, uma operação para combater a compra de votos e a contabilidade paralela nas eleições municipais de Lagoa da Canoa, em Alagoas.

As investigações apontam para um grupo ligado a candidatos a vereador, cujas identidades não foram divulgadas, suspeito de comprar votos.

Não há informações sobre suspeitos presos. De acordo com a PF, o grupo usava Pix, pagamentos de boletos e dinheiro em espécie para garantir apoio eleitoral. Cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela 44ª Zona Eleitoral de Girau do Ponciano foram cumpridos.

Os mandados tinham como objetivo apreender celulares, dispositivos cibernéticos e documentos que possam comprovar os crimes. Lagoa da Canoa foi uma das 15 cidades no Estado que receberam reforços de tropas federais.

O desembargador do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), Kléver Loureiro, afirmou que o reforço do policiamento visa a combater a “interferência no livre exercício do voto” dos eleitores.

Ações da Polícia Federal durante as eleições

A Polícia Federal investiga cumpre mandados de prisão nesta quinta-feira, 1 | Foto: Divulgação/PFA Polícia Federal investiga cumpre mandados de prisão nesta quinta-feira, 1 | Foto: Divulgação/PF
Polícia Federal registrou 315 crimes eleitorais | Foto: Divulgação/PF

Desde o início do primeiro turno das eleições municipais, realizado no domingo 6, a Polícia Federal reportou 315 ocorrências. Entre elas, 117 inquéritos policiais foram instaurados, 182 termos circunstanciados lavrados e 16 situações flagranciais estão sob análise.

O Rio de Janeiro lidera o número de casos com 61 ocorrências, seguido pelo Ceará, com 26, e o Maranhão, com 20. Minas Gerais registrou 18; Pará, 16; e o Paraná, 15. Outros Estados também registraram casos, como a Paraíba, com 14, e o Acre, com 12.

Até o momento, 415 pessoas foram conduzidas. As apreensões totalizaram R$ 1.881.618,28, sendo R$ 597.975,50 em espécie. No acumulado de 2024, o total de bens e valores apreendidos alcançou R$ 50,4 milhões, dos quais R$ 21,8 milhões estavam em espécie.

Os principais crimes investigados são propaganda irregular e corrupção eleitoral, com ênfase na compra de votos. Os inquéritos policiais e termos circunstanciados seguem em andamento, conforme informações da Polícia Federal.

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