Polícia Federal investiga desvio de emendas parlamentares

A Polícia Federal investiga um esquema de compra e venda de emendas parlamentares que envolve três deputados do Partido Liberal (PL). As autoridades investigam os parlamentares Josimar Marãozinho (MA), Bosco Costa (SE) e Pastor Gil (MA).

A Operação Emendário, como foi batizada, busca entender a relação entre os deputados, os prefeitos e os empresários que participam do esquema. No momento, o ministro do STF Cristiano Zanin é quem julga o caso.


Na investigação, a Polícia Federal encontrou uma troca de mensagens entre Marãozinho e outros dois deputados denunciados. O empresário Josival Cavalcanti da Silva, o Pacovan, também participou de conversas sobre a negociação de emendas para o município de São José de Ribamar.

A PF também encontrou o que eles chamaram de “planilha da corrupção”. O documento mostra quanto cada corrupto receberia pelo esquema.

O empresário Pacovan, por exemplo, era conhecido como “agiota eleitoral”. Ele morreu a tiros, no dia 14 de junho, na cidade Zé Doca, também no Maranhão.

Carro da Polícia CivilCarro da Polícia Civil
Segundo a Polícia Civil do Maranhão, o assassinato não tem relação com a Operação Emendário | Foto: Reprodução/Polícia Civil do Maranhão

Os investigadores afirmaram que uma briga com antigos sócios por causa de dívidas teria resultado na morte de Josival Cavalcanti da Silva.

O desvio de emendas parlamentares

Os casos investigados pela Polícia Federal mostram que o desvio das emendas parlamentares pode ocorrer de diversas formas.

Uma das possibilidades ocorre desta maneira: em um primeiro momento, um agiota eleitoral compra as emendas parlamentares. Depois disso, financia campanhas de candidatos e faz negócios com prefeitos que ajudou a eleger.

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Outra possibilidade se dá quando um deputado paga “pedágio” para um parlamentar de outro Estado, para que este envie a verba das emendas para a região que aquele deputado gostaria.

Independentemente das formas de desvio, o recurso é distribuído para um emaranhado de empresas assim que chega à prefeitura escolhida.

Essas companhias geralmente são do próprio deputado que desviou a emenda. No entanto, nomeiam familiares ou então “laranjas” para conduzir os negócios e despistar as autoridades.



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