O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que com as assinaturas necessárias para aprovar o requerimento de urgência da anistia, “estamos a poucos dias de fazermos justiça aos injustiçados do 8 de janeiro”.
“É sabido e notório por todos que há pessoas e centenas delas presas há mais de 2 anos com uma prisão preventiva sem o trânsito em julgado”, explicou o líder, em coletiva de imprensa sobre a anistia. “Se todas as pessoas fossem condenadas às penas atuais, 1/6 dessa pena já estaria cumprida com esses 2 anos e 6 meses. Pra vocês verem o tamanho da arbitrariedade do Supremo Tribunal Federal.”
+ Oposição consegue assinaturas para votar urgência
A oposição conseguiu as assinaturas de apoio à urgência da anistia ainda na noite de quinta-feira 10. Ao todo, foram 258 deputados signatários – de 257 que são necessários para aprovar o requerimento e, assim, possibilitar a votação do projeto no plenário sem que precise passar pelas comissões temáticas.
O anúncio contava com a presença de Jair Bolsonaro, mas o ex-presidente precisou ser hospitalizado em razão de fortes dores abdominais, horas antes da coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira, 11.
“A ideia inicial era que Bolsonaro divulgasse a lista das assinaturas do PL da anistia”, explicou Sóstenes. “Mas Bolsonaro autorizou divulgarmos. As 257 assinaturas foram algo simbólico.”
Entrega das assinaturas pela anistia
Agora, o líder Sóstenes vai entregar o documento com as assinaturas em apoio ao PL da Anistia para o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos).
O objetivo é sensibilizar Motta e, assim, conseguir pautar o requerimento e a votação do projeto. Segundo apurado por Oeste, em encontro com Bolsonaro na quarta-feira 9, o presidente da Casa afirmou que poderia pautar a anistia na Casa, se houver um consenso, um apoio da maioria e “clima” para a votação.
Para que o requerimento de urgência seja pautado no plenário, é preciso ter a assinatura dos líderes partidários. Na semana passada, Motta pediu a esses parlamentares para que não assinassem o documento e, por isso, a oposição iniciou uma força-tarefa para angariar as assinaturas de apoio da maioria absoluta dos deputados da Casa para negociar a votação com o presidente.