processo contra exilados é ‘obscuro’, diz advogada

Carolina Siebra, advogada da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav), disse que “não está claro” o processo que envolve a prisão de cinco brasileiros que estão exilados na Argentina. De acordo com ela, as prisões são ilegais e, portanto, trata-se de um processo “obscuro”. Carolina deu a declaração na edição desta quinta-feira, 5, do Jornal da Oeste.

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A advogada representou a Asfav na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), nesta quarta-feira, 4, que ocorreu na Argentina. O objetivo da viagem foi levar denúncias sobre os abusos contra os presos do 8 de janeiro a autoridades que estiveram no evento. Além disso, ela quis conscientizar outros países a respeito de violações de direitos às quais os manifestantes foram submetidos.

STF pediu prisão dos condenados pelo 8 de janeiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) pediu à Justiça da Argentina a prisão dos brasileiros que estão exilados no país. Carolina acredita, no entanto, que o presidente argentino, Javier Milei, vai cumprir sua promessa de fazer com que a Justiça no país seja cumprida.

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Além disso, a advogada está confiante com a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que ocorrerá em 20 de janeiro. Segundo Carolina, a vitória do republicano vai contribuir para a anistia dos presos do 8 de janeiro.

“Porque fizemos denúncias internacionais sobre as violações de direitos humanos”, disse a advogada da Asfav. “Fomos ao Congresso norte-americano. Eles estão atentos.”

No evento do CPAC, Lara Trump, nora do presidente eleito dos EUA, afirmou que seu sogro e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrentam tentativas semelhantes de exclusão política.

Eduardo Bolsonaro pede asilo aos condenados que estão na Argentina

No mesmo dia, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu ao governo argentino que conceda asilo político aos brasileiros. No CPAC, o congressista exibiu um cartaz com os rostos dessas pessoas que estão fora do país em virtude das determinações do STF.

Durante conferência conservadora em Buenos Aires, na Argentina, Eduardo Bolsonaro (PL) mostra cartaz com imagens dos manifestantes que estaria sendo tratados como terroristas pelo STF | Foto: Reprodução/Redes sociaisDurante conferência conservadora em Buenos Aires, na Argentina, Eduardo Bolsonaro (PL) mostra cartaz com imagens dos manifestantes que estaria sendo tratados como terroristas pelo STF | Foto: Reprodução/Redes sociais
Durante conferência conservadora em Buenos Aires, na Argentina, Eduardo Bolsonaro (PL) mostra cartaz com imagens dos manifestantes que estaria sendo tratados como terroristas pelo STF | Foto: Reprodução/Redes sociais

“Alguns pediram asilo aqui na Argentina e estão com medo de ir às entrevistas do Comitê Nacional para os Refugiados e serem presos novamente”, disse Eduardo Bolsonaro. “Não são terroristas, só querem liberdade.”

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