Psol vai pedir extinção dos ‘kids pretos’ ao Ministério da Defesa

Deputados do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) pediram a extinção do batalhão militar conhecido como “Kids Pretos”. A legenda enviou um ofício ao Ministério da Defesa com a solicitação, nesta segunda-feira, 16.

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O “Kids Pretos” é composto de militares que passaram pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro. Eles atuam em missões sigilosas, em ambientes desafiadores e politicamente sensíveis.

Psol quer informações sobre o grupo

Além disso, os parlamentares pretendem formalizar um requerimento para solicitar informações detalhadas sobre as atividades e o funcionamento desses batalhões especiais.

O grupo é chamado de “Kids Pretos” em razão dos gorros pretos que os militares utilizam durante as operações. Eles representam a elite das Forças Armadas, com especialização em guerra não convencional e contraterrorismo.

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A iniciativa do Psol ocorre em meio a um período de tensão, relacionado à prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ocorrida no último sábado, 14.

A Polícia Federal (PF) o deteve porque ele foi acusado de ser um dos arquitetos de um suposto plano de golpe de Estado, em 2022.

De acordo com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Braga Netto teria entregado dinheiro a um militar, supostamente do grupo “Kids Pretos”, para apoiar o plano golpista.

O que diz o STF

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que resultou na prisão de Braga Netto mostra que o general teria repassado dinheiro ao então major Rafael de Oliveira, em uma sacola de vinho, com o intuito de financiar a operação.

Braga Netto, que já foi ministro da Casa Civil de Bolsonaro e candidato a vice-presidente em 2022, ingressou no Exército em 1974, aos 17 anos.

General Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro | Foto: Reprodução/Flickr

Relatórios da PF sugerem que os integrantes do Kids Pretos seriam responsáveis por executar um plano para assassinar Alexandre de Moraes, do STF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).

A Procuradoria-Geral da República (PGR), por sua vez, destaca que a prisão preventiva de Braga Netto é crucial para evitar interferências nas investigações em andamento.

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