Antônio Carlos Pires Rebello, superintendente de Tecnologia da Informação da Prefeitura de Curitiba (PR), coagiu servidores a contribuir financeiramente para a campanha de Eduardo Pimentel (PSD). O site Metrópoles publicou as informações nesta terça-feira, 1º.
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Um áudio revela que Rebello informou aos servidores que deveriam comprar convites de R$ 3 mil para um jantar de campanha, realizado em 3 de setembro.
Transferência via Pix ao PSD de Curitiba
As transferências deveriam ser feitas via Pix para o Partido Social Democrático (PSD). Além disso, Rebello orientou que os repasses fossem realizados por meio de contas bancárias de parentes ou amigos, para evitar a identificação.
O funcionário da prefeitura ainda afirmou que essa seria uma “ajuda para a campanha” e que seria melhor do que fazer caixa dois. Declarou, ainda, que o repasse não seria ilegal.
Os convites tinham valores diferenciados conforme os níveis de gratificação dos servidores. Os preços variavam entre R$ 3 mil, R$ 1,5 mil e R$ 750.
Durante a reunião, os funcionários questionaram se a compra dos convites garantiria seus cargos e funções gratificadas caso Pimentel fosse eleito. Rebello respondeu que nada seria garantido, mas que a “ajuda deve continuar”.
Em prantos, servidor disse que não tinha dinheiro
Em um momento da reunião, um servidor, em prantos, afirmou que não tinha condições de pagar o valor exigido. Rebello, por sua vez, afirmou que todos tinham problemas. Também disse que não discutiria mais com o servidor para não ter de “demiti-lo”. Ainda de acordo com o Metrópoles, ao menos 11 parentes de nove funcionários fizeram o repasse.
Por meio de nota, a Prefeitura de Curitiba informou repudiar “toda e qualquer atitude que possa configurar ameaça ou constrangimento a servidores públicos no exercício de suas funções”. Afirmou, também, que “os fatos serão apurados com o rigor necessário”.