STF recebe pedidos para afastar Moraes de ações do 8 de janeiro

Com a proximidade do segundo aniversário dos eventos do 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa 56 pedidos para afastar o ministro Alexandre de Moraes dos processos. Desses, 30 são de impedimento e 26 de suspeição. Outros quatro aguardam análise.

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O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, é o relator dessas ações. Os acusados, que incluem condenados e réus à espera de julgamento, questionam a imparcialidade de Moraes. Em entrevista realizada em janeiro deste ano, o magistrado afirmou que descobriu planos de atentados contra sua própria vida.

“Moraes não pode julgar processos em que for parte”

Ezequiel Sousa Silveira, advogado que representa todos acusados que fizeram o pedido, afirma que tal declaração coloca o ministro como vítima. Conforme o artigo 252 do Código de Processo Penal, o juiz não pode exercer jurisdição no processo em que for parte ou interessado.

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Nos pedidos de suspeição, a defesa alega que Moraes, também em entrevista, afirmou que, por intermédio de Flávio Dino, então ministro da Justiça, conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 8 de janeiro.

Na ocasião, o magistrado teria orientado o trabalho da Advocacia-Geral da República (AGU). Dias depois, ele ingressou com os pedidos de prisão contra os manifestantes.

Recurso de Bolsonaro

Simultaneamente, o ex-presidente Jair Bolsonaro também apresentou recurso para afastar Moraes da relatoria no processo sobre uma suposta conspiração golpista.

Ao classificá-lo como um ‘subordinado do Executivo’, Bolsonaro afirmou que Rodrigues ‘se intromete em questões internas do Legislativo’ | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência BrasilAo classificá-lo como um ‘subordinado do Executivo’, Bolsonaro afirmou que Rodrigues ‘se intromete em questões internas do Legislativo’ | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Bolsonaro apresentou recurso para afastar Moraes da relatoria no processo sobre uma suposta conspiração golpista em 2022 | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Segundo inquérito da Polícia Federal (PF), que tem quase 900 páginas, os planos incluíam supostos atentados contra Moraes, Lula e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

A PF afirma que esses atos faziam parte de uma tentativa de manter Bolsonaro no poder depois da derrota eleitoral, em 2022.

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