A Câmara Municipal do Rio finalmente conseguirá transferir seus vereadores para o Edifício Serrador ainda em 2025. Se tudo correr conforme o planejado, as obras finais devem ser concluída até o final deste ano. Os 51 parlamentares deixarão seus gabinetes no anexo do Palácio Pedro Ernesto e se mudarão para o enorme prédio da Rua do Passeio. Considerado um dos primeiros arranha-céus da região, o Serrador foi adquirido pela Casa em 2022.
A mudança, que vem ocorrendo de forma gradual, faz parte de uma estratégia da Câmara para centralizar suas atividades e, ao mesmo tempo, reduzir gastos com aluguel de outros imóveis na região. Segundo cálculos da própria Casa, desde que o processo de realocação teve início, a economia já chega a R$ 5 milhões. Com a conclusão do projeto e a migração dos últimos setores, a expectativa é que esse valor chegue a quase R$ 9 milhões até o final do ano, um alívio financeiro considerável para os cofres públicos.
O prédio, que fez 80 anos de idade no ano passado, tem 24 andares e foi adquirido pela Câmara por cerca de R$ 150 milhões. A mudança para o novo local não só visa a economia, mas também pretende melhorar a infraestrutura da Casa Legislativa, oferecendo espaços mais modernos e adaptados às necessidades dos vereadores e servidores. Segundo informações do Tempo Real, os gabinetes ocuparão cerca de 8 andares — do 14º ao 22º — com seis gabinetes por andar.
O processo de adaptação do edifício, que estava fechado há muitos anos antes da compra, não foi simples. Um dos maiores desafios foi a construção de um novo plenário, projeto polêmico e responsável por atrasar a mudança definitiva dos parlamentares. O espaço, localizado no segundo andar, foi um antigo auditório e precisou passar por obras. A modificação incluiu a instalação de um mezanino e galerias, com um pé-direito alto, para que o público pudesse acompanhar as sessões.
Atualmente, cerca de 600 servidores já estão trabalhando no edifício — ótima notícia para a reativação movimento daquela região do Passeio. Dos 24 andares, 10 já estão ocupados. A Câmara ainda planeja a instalação de um restaurante aberto ao público, em uma espécie de varanda, no topo do edifício. A ideia é que o espaço ajude a custear a manutenção do próprio Edifício Serrador e também do Palácio Pedro Ernesto, que continuará ativo como um centro cultural.
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