Viagens da oposição aos EUA já custaram mais de R$ 200 mil à Câmara

Os Estados Unidos (EUA) se tornaram um dos destinos preferenciais dos parlamentares de oposição, em meio à campanha e retorno de Donald Trump à presidência. Levantamento do Metrópoles indica que as viagens ao país, pagas com dinheiro público, custaram mais de R$ 205 mil entre 2024 e 2025.

Em território norte-americano, deputados federais acompanharam as eleições do país, denunciaram supostos abusos do Judiciário brasileiro e marcaram presença em eventos de agenda conservadora.

Os gastos realizados pelos deputados federais entre 2024 e 2025 incluem despesas com passagens aéreas, hospedagem, participação em eventos e alimentação. Ao todo, dez parlamentares de oposição registraram esse tipo de despesa nos EUA, o que inclui representantes do Partido Liberal (PL) e do União Brasil.

O líder em gastos é o deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), uma vez que a Câmara o reembolsou em mais de R$ 35,2 mil. Em uma das viagens, o parlamentar esteve na capital Washington DC para denunciar supostos atentados contra a democracia brasileira e, em outra, foi a Miami, na Flórida, acompanhar o processo eleitoral norte-americano.

Ao Metrópoles, o deputado afirmou que as viagens aos Estados Unidos “foram fundamentais para divulgar a parlamentares norte-americanos, e outras instituições, o crescente autoritarismo do governo brasileiro que conta com o apoio de veículos de mídia tradicional brasileira”.

Os gastos de Bilynskyj foram descontados da cota parlamentar, uma verba indenizatória que a Câmara disponibiliza para os deputados custearem despesas típicas do mandato. Além dessa fonte, as viagens podem ser bancadas via missão oficial.

Veja ranking:

Os gastos do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) somam mais de R$ 16,8 mil, pagos em reembolso a passagens aéreas. Em uma delas, o filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Washington DC para buscar apoio de congressistas estadunidenses.

Recentemente, o deputado federal anunciou a decisão de se licenciar do mandato parlamentar para permanecer nos Estados Unidos. Segundo Bolsonaro, o filho resolveu ficar nos EUA para buscar maneiras “para que o país retorne à sua normalidade democrática”.

Outro lado

Em nota, Coronel Ulysses (União-AC) informou que realizou três viagens para os EUA. Duas delas para acompanhar a execução de emenda parlamentar e outra “para protocolar requerimento junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos, com a finalidade de representar contra o Supremo Tribunal Federal, em relação à condução do inquérito que apura os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023”.

O gabinete da deputada federal Bia Kicis (PL-DF) informou que as viagens foram solicitadas e autorizadas pela Presidência da Casa, “em conformidade com as normas da Câmara”.

José Medeiros (PL-MT), por sua vez, defendeu que os gastos decorrem de atividades oficiais como representante da Câmara dos Deputados. “Todas as despesas atendem às normas da Casa, alinhadas aos padrões de transparência e prestação de contas previstos no regimento interno.”

O Metrópoles entrou em contato com os demais parlamentares, mas não houve retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.



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Os Estados Unidos (EUA) se tornaram um dos destinos preferenciais dos parlamentares de oposição, em meio à campanha e retorno de Donald Trump à presidência. Levantamento do Metrópoles indica que as viagens ao país, pagas com dinheiro público, custaram mais de R$ 205 mil entre 2024 e 2025.

Em território norte-americano, deputados federais acompanharam as eleições do país, denunciaram supostos abusos do Judiciário brasileiro e marcaram presença em eventos de agenda conservadora.

Os gastos realizados pelos deputados federais entre 2024 e 2025 incluem despesas com passagens aéreas, hospedagem, participação em eventos e alimentação. Ao todo, dez parlamentares de oposição registraram esse tipo de despesa nos EUA, o que inclui representantes do Partido Liberal (PL) e do União Brasil.

O líder em gastos é o deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), uma vez que a Câmara o reembolsou em mais de R$ 35,2 mil. Em uma das viagens, o parlamentar esteve na capital Washington DC para denunciar supostos atentados contra a democracia brasileira e, em outra, foi a Miami, na Flórida, acompanhar o processo eleitoral norte-americano.

Ao Metrópoles, o deputado afirmou que as viagens aos Estados Unidos “foram fundamentais para divulgar a parlamentares norte-americanos, e outras instituições, o crescente autoritarismo do governo brasileiro que conta com o apoio de veículos de mídia tradicional brasileira”.

Os gastos de Bilynskyj foram descontados da cota parlamentar, uma verba indenizatória que a Câmara disponibiliza para os deputados custearem despesas típicas do mandato. Além dessa fonte, as viagens podem ser bancadas via missão oficial.

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Os gastos do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) somam mais de R$ 16,8 mil, pagos em reembolso a passagens aéreas. Em uma delas, o filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Washington DC para buscar apoio de congressistas estadunidenses.

Recentemente, o deputado federal anunciou a decisão de se licenciar do mandato parlamentar para permanecer nos Estados Unidos. Segundo Bolsonaro, o filho resolveu ficar nos EUA para buscar maneiras “para que o país retorne à sua normalidade democrática”.

Outro lado

Em nota, Coronel Ulysses (União-AC) informou que realizou três viagens para os EUA. Duas delas para acompanhar a execução de emenda parlamentar e outra “para protocolar requerimento junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos, com a finalidade de representar contra o Supremo Tribunal Federal, em relação à condução do inquérito que apura os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023”.

O gabinete da deputada federal Bia Kicis (PL-DF) informou que as viagens foram solicitadas e autorizadas pela Presidência da Casa, “em conformidade com as normas da Câmara”.

José Medeiros (PL-MT), por sua vez, defendeu que os gastos decorrem de atividades oficiais como representante da Câmara dos Deputados. “Todas as despesas atendem às normas da Casa, alinhadas aos padrões de transparência e prestação de contas previstos no regimento interno.”

O Metrópoles entrou em contato com os demais parlamentares, mas não houve retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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